20 de janeiro de 2010


"como se só a beleza das almas convergentes fosse capaz de cativar e de trazer acalmia à desordem do mundo" -
Mª Gabriela Llansol


com a arrogância dos amantes furtivos
dos egoístas enamorados de si
acolhemos as sugestões de

simplicidade


um só ponto na distância

e os
passos

oblíquos


o espaço
o(s)
plano(s) rasgados
em vão


quando duas sombras se cruzam
é ainda em desencontro que o fazem
em desacerto que se contaminam

se nos sobrepomos em ilusões de
convergências

consumada a profana alquimia dos corpos
em matéria negra

arremedados os teus gestos
pelos contornos das minhas mãos


e uma vez na intersecção
calma nenhuma se
somos já o rosto ferido
do caos


desperdiçada serenidade em mim que
em desarrumos me inquieto e congemino

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