sessão tripla ou quando à terceira é de vez

Precious, Lee Daniels

porque, god bless her, aquela voz na radar seria capaz de me vender o que quer que fosse.

porque sou impressionável e pensei que se era bom para o juri de sundance havia de ser bom para mim também. why do i cave and lower my brow?...

sabe-se lá porquê, naquele dia fui ver precious - se uma grande interpretação salvasse um filme.... e penso quase exclusivamente em mo'nique, naturalmente. a primeira vez que ouvi falar deste filme ocorreu-me de imediato a cor púrpura. a páginas tantas a professorinha, god bless her too, diz ser essa a sua cor favorita. eu tenho cá para mim que não é por acaso. e se falo disto tão remotamente acessório, é mesmo porque nada de substantivo se me oferece dizer sobre o filme.


Anticristo, Lars Von Trier

à saída de precious e já preparando a sessão seguinte disse pode ser que ainda consigamos ver um bom filme hoje. a convicção não era muita, o trailer não me havia entusiasmado e, como sou impressionável, as críticas que lera faziam-me recear.

e eu queria tanto gostar sempre do lars... não consigo ver este anticristo como uma coisa boa. o mais simpático que lhe posso fazer (e sim, não é que não lhe queira ser simpática) é remeter para uma apreciação, que até se me oferece justa, lida n'a montanha mágica.


O Laço Branco, Michael Haneke

e à terceira foi de vez. um par de dias depois, decidida a ver um bom filme, juntei todas as fichinhas e fui all-in.

e se calhar é porque sou impressionável. pronto. que seja. frame by frame. de terror em terror. de silêncio em silêncio. o horror que se cale, que se emudeça. a bem da ordem das coisas. olhos fechados e um laço branco que nos proteja da desordem do mundo.