31 de janeiro de 2010
doesn't mean i'm sorry (2)
alinhados os dias como copos de tequila
prendia a dor entre dois dedos como se faz com o limão
preparando-me para a sorver como se faz com o sangue
em algum momento havia passado a língua pelo teu rosto de sal
e tudo para que me amasses como nunca se fez
mas parti antes ainda do amor lamentado e lamentando
a risível encenação
desfeita na orquestração semitonada do medo
parti sem saber quanto é preciso querer, se eu já para lá do possível, ou como acordam os corpos
que juntos se deitam
a cada passo olhando para trás - desafiando os deuses - fosse eu estátua
se assim aprendesse a ficar -
e no entanto a cada passo cada vez mais carne
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
E depois a apaixonada sou eu...
:)
naturalmente...
não querendo estabelecer comparações tontas, a autopsicografia says it all.
e depois, a gente sente, a gente processa e transforma. a escrita n tem de andar a par.
há até coisas que só com a cobertura do muito tempo se deixam fazer palavra.
Enviar um comentário