22 de janeiro de 2010
where it hurts
vamos dizer que neste tempo as palavras
passam rente ao osso
vamos dizer que esta nudez é como a primeira
e ainda tão mais desamparada
vamos dizer que chegados aqui
o vento pára estanque de ar
vamos dizer as horas do amor irrespirável
e das casas cheias de gente só
depois vamos esperar uma noite que venha mansa
um homem que chegue lento
marcando o espaço numa largura de ombros
para nos recompor o mundo
acertar o desgosto
estabelecer as regras pelas quais
pautaremos o choro miúdo de quem não sabe
coisa nenhuma
a dor alojada na mão que em reflexo se encosta ao peito
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2 comentários:
Olá,
Venho só dizer-lhe que gosto dos seus poemas.
Particularmente deste.
Continue e boa sorte.
Aurea Mediocritas
aqui entre nós, não sei se é sorte o que me falta, mas mal tb não fará. obrigada pela visita. (i'm humbled)
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